A seguir ao partido do Presidente francês Emmanuel Macron surgem Os Republicanos (direita), com 21,56% dos votos, e a Frente Nacional (extrema-direita), com 13,20%. O partido socialista conquistou apenas 9.5% dos votos.

Os resultados definitivos foram divulgados pelo Ministério do Interior à 01:30 (00:30 em Lisboa).

Face a estes resultados, Macron poderá assegurar até 430 lugares dos 577 da Assembleia Nacional.

A primeira volta das legislativas foi "marcada por um retrocesso sem precedentes da esquerda no seu conjunto e em particular do Partido Socialista" (PS), que sofre um revés histórico, admitiu neste domingo o primeiro-secretário do PS, Jean-Christophe Cambadélis.

O vice-presidente da Frente Nacional, Florian Philippot, disse que está "dececionado" pelos resultados nesta primeira volta. "Talvez estejamos dececionados com o resultado e acredito que pagamos o preço da forte abstenção", disse Philippot.

As mesas de voto para as eleições legislativas deste domingo em França encerraram nas grandes cidades como Paris, Lyon, Lille e Marselha, depois de os outros municípios terem fechado às 18:00 (menos uma hora em Lisboa).

Mais de 47 milhões de franceses foram chamados a escolher os 577 deputados da Assembleia Nacional.

Ao todo, concorreram 7.878 candidatos, de acordo com a lista definitiva publicada pelo ministério francês do Interior.

Na segunda volta, agendada para 18 de junho, vence o partido que obtiver mais votos, qualquer que seja a participação do eleitorado.

As eleições decorreram sob fortes medidas de segurança, estando mobilizados cerca de 50 mil polícias e 'gendarmes', dado que a França registou, desde 2015, uma vaga de atentados que resultaram em 239 mortos.

Nas eleições deste domingo estiveram, pelo menos, 24 candidatos de origem portuguesa.

De acordo com a lista definitiva publicada pelo ministério francês do Interior, 7.878 candidatos concorrem na primeira volta, tendo a agência Lusa contactado 24 candidatos de origem portuguesa, ainda que haja acima de uma centena de apelidos com grafia portuguesa, entre os quais haverá candidatas francesas casadas com portugueses e candidatos de origem espanhola com apelidos semelhantes aos portugueses.

A associação de eleitos de origem portuguesa Cívica contabilizou um mínimo de 63 candidatos de origem portuguesa, tendo excluído da contagem apelidos como Garcia, Domingos e Costa, disse à agência Lusa o presidente da associação Paulo Marques.

Com a etiqueta ‘A República em Marcha!’, do presidente Emmanuel Macron, candidatam-se, por exemplo, Dominique da Silva, na 7.ª circunscrição do Val d´Oise, Ludovic Mendes, na 2ª circunscrição de Moselle, e, também, Otília Ferreira, na primeira circunscrição de Charente-Maritime, que é candidata do partido centrista MoDem aliado a Macron.

Na corrida eleitoral de Os Republicanos, estavam, entre outros, Alexandra Ribeiro Custódio, na segunda circunscrição de Loire, e Bruno Leal, na primeira circunscrição de Charente-Maritime, enquanto, entre os socialistas, a lusodescendente Christine Pires Beaune recandidatou-se a um cargo de deputada pela segunda circunscrição de Puy-du-Dôme e Nathalie de Oliveira concorreu na terceira circunscrição de Moselle.

A França Insubmissa contou, por exemplo, com Virginie Araújo na 3ª circunscrição de Essonne, e o Partido Comunista Francês com Patrice Carvalho, na sexta circunscrição de Oise. Fabienne dos Santos apresentou-se na 4ª circunscrição de Paris e Catherine dos Santos na 11a circunscriçao de Val-de-Marne.

Pela Frente Nacional concorreram a franco-portuguesa Lucinda Carvalho na terceira circunscrição de Pyrinées-Atlantiques e Franck Beeldens-da Silva na 4.ª circunscrição de Essonne, entre outros.

[Notícia atualizada às 08h09 de 12 de junho]