"A França, país da Amazónia. Preserve esse bem comum da humanidade", é o título de um artigo publicado hoje pelo Journal du Dimanche, assinado pela governante francesa e pelos representantes políticos da Guiana, território francês da América do Sul, fronteiriço com o Brasil e que é tocado diretamente por estes incêndios.
Esta proposta surge na sequência do "fracasso" do fundo brasileiro, explicam os responsáveis.
"A floresta amazónica, que se estende por nove países, incluindo a França, perdeu mais de 550.000 km2 [quilómetros quadrados] nos últimos dez anos", e após uma moratória de vários anos, o desmatamento começou a acelerar, "principalmente no Brasil", lamentam.
"Esses hectares perdidos são todos sumidouros de carbono aniquilados, é uma biodiversidade excecional que desaparece pouco a pouco", acrescentam, aplaudindo a recusa de Macron de ratificar o atual acordo comercial da UE-Mercosul.
Por isso, "face ao fracasso do Fundo Amazónia, do Brasil," sugerem um "fundo internacional, que não dependesse diretamente dos Estados, e que pudesse lançar ações de luta concretas, pontuais, dirigidas diretamente aos atores locais, contra incêndios florestais e para o reflorestamento".
Os signatários também pedem "à União Europeia que duplique o seu fundo de desenvolvimento inter-regional dedicado à biodiversidade e ao desenvolvimento da Amazónia".
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