“A França exprime a sua firme condenação às medidas tomadas nos últimos dias que têm afetado o funcionamento norma da nossa representação diplomática em Caracas”, declarou o porta-voz adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, considerando que são “contrárias” à Convenção de Genebra sobre as Relações Diplomáticas.
Desde 02 deste mês que os serviços de informação venezuelanos ergueram barreiras na entrada e na saída da Rua Caracas, onde se situa a residência do embaixador francês, indicou à agência noticiosa France-Presse (AFP) fonte oficial.
A residência está sem energia elétrica desde 03 deste mês, pelo que tem recorrido a um gerador, e a água potável deixou de correr nas torneiras.
Os camiões cisterna destinados a abastecer quer de combustível quer de água potável a residência do diplomata francês são barrados à entrada da rua.
“Esta posição foi expressa hoje ao embaixador da República Bolivariana da Venezuela em França pelo Ministério da Europa e dos Negócios estrangeiros, afirmou o porta-voz adjunto.
“As autoridades francesas aguardam que se ponha fim, imediatamente, a estas medidas a fim de ser restabelecido o funcionamento normal da nossa representação diplomática”, acrescentou.
A União Europeia (UE) apoia o plano norte-americano para a formação de um governo de transição na Venezuela sem o dirigente socialista Nicolas Maduro, Presidente venezuelano, o líder da oposição, Juan Guaidó.
Vários países europeus, entre eles a França, reconheceram em 2019 Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
Maduro acusa o seu rival de ter fomentado uma tentativa de “invasão da Venezuela” que visava, disse, “um golpe de Estado” no país, com a cumplicidade dos Estados Unidos e da Colômbia.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, negou qualquer envolvimento dos Estados Unidos.
Cerca de 45 pessoas, entre eles dois antigos soldados norte-americanos foram detidos por uma presumível participação nessa “invasão”.
Nicolas Maduro, no poder desde 2013, tem o apoio de Cuba, China e Rússia,
Os Estados Unidos, por seu lado, têm intensificado as sanções económicas à Venezuela e a justiça norte-americana acusou em março o antigo Presidente venezuelano Hugo Chavez (1999/2013) de “narcoterrorismo”.
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