“Decidi libertar a quantia de 50 milhões de euros” — do fundo francês de apoio à Ucrânia –, “que permitirá a compra de doze canhões Caesar”, declarou o ministro das Forças Armadas de França, Sébastien Lecornu, durante o lançamento em Paris da “coligação de artilharia”, na qual participou o seu homólogo ucraniano por videoconferência.
Esses doze canhões caesar, produzidos pela Nexter [do grupo franco-alemão KNDS], somam-se aos 49 já enviados para a Ucrânia e aos seis já encomendados que deverão ser entregues “nas próximas semanas”, segundo o Ministério francês.
A França tem capacidade para produzir mais 60, segundo o ministro, que correspondem a um investimento de cerca de 250 milhões de euros.
“Esta quantia parece-me acessível aos vários orçamentos dos aliados”, afirmou Sébastien Lecornu perante representantes de 23 países que apoiam a Ucrânia.
“Não há alternativa à artilharia moderna, devemos continuar os nossos esforços e aumentar a nossa produção de munições”, declarou o ministro da Defesa da Ucrânia, Roustem Oumerov, que cancelou durante a noite de quarta-feira a sua ida à capital francesa “por razões de segurança”.
A “coligação” de artilharia, liderada pela França e pelos Estados Unidos, é uma das componentes do grupo de contacto para a defesa da Ucrânia – conhecido como grupo Ramstein -, reunindo mais de 50 países em vários subgrupos, desde a desminagem à defesa aérea.
A França já cedeu ou vendeu 30 canhões Caesar à Ucrânia, que encomendou seis adicionais no outono. A Dinamarca também forneceu 19 exemplares de uma versão blindada de oito rodas.
Montado num camião, o Caesar pode disparar projéteis de 155 milímetros até 40 quilómetros de distância.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou na terça-feira o seu apoio a Kiev, cuja última contraofensiva militar não produziu os resultados esperados.
Macron anunciou também que visitaria a Ucrânia em fevereiro, pela segunda vez desde o início da guerra em fevereiro de 2022, após a invasão russa do território ucraniano.
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