"O que o CDS disse nessa entrevista [à TSF] e eu próprio, que fui o entrevistado, é que achamos que, à direita, os partidos devem ter as mesmas plataformas de entendimento que os partidos à esquerda do Partido Socialista, foi tão só isto", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita a uma barbearia em Vila Nova de Gaia.
E acrescentou logo de seguida: "e, salvo erro, o CDS tem cinco deputados [na Assembleia da República] e o Chega tem um, ou não?".
Em declarações ao Jornal Económico, na quinta-feira, o presidente e deputado do Chega referiu que "todas as sondagens demonstram que a força eleitoral maioritária à direita está, neste momento, no Chega e não no CDS", considerando, por esse motivo, que as palavras do líder centrista, que admitiu coligações à direita desde que assentes em programas sem "discurso de ódio" e "populismo agressivo", "só podem ser entendidas como um momento de humor"
Na quarta-feira, em entrevista à TSF, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que o PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega devem ter a mesma capacidade de entendimento que o PS demonstrou com os partidos à sua esquerda, nomeadamente através da "geringonça" da anterior legislatura, desvalorizando o facto de todas as sondagens o colocarem atrás do partido fundado por André Ventura.
Ao Económico, em resposta às declarações do líder centrista, o deputado único do Chega deixou claro que "se as linhas vermelhas do CDS-PP" forem "a prisão perpétua e a resolução do problema das comunidades ciganas, então não há mesmo margem para qualquer acordo", apontando "zero por cento de chances nessas condições" e desejando ao ex-presidente da Juventude Popular "boa sorte a conseguir uma maioria com o PSD".
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