Numa declaração na sede do CDS-PP, em Lisboa, sem direito a perguntas dos jornalistas, o líder do partido afirmou “estar absolutamente seguro” de que é a pessoa certa “para continuar a atingir os objetivos do CDS-Partido Popular”.

“Por sentir que cumpri o meu dever e que ninguém, nas mesmas condições, seria capaz de fazer melhor, é minha obrigação colocar-me à disposição dos militantes do meu partido para continuar a liderar o CDS-Partido Popular”, anunciou.

Para isso, Francisco Rodrigues dos Santos pediu “ao presidente do Conselho Nacional a marcação de uma reunião para análise dos resultados eleitorais” e a “marcação do próximo Congresso eletivo, para ouvir o partido, discutir ideias” e apresentar a sua estratégia aos militantes.

Com este pedido do presidente do partido, o calendário do Congresso do CDS-PP será assim antecipado, uma vez que este decorre de dois em dois anos e se acontecesse na data prevista seria no final de janeiro ou início de fevereiro de 2022.

“A marca da minha liderança tem sido o reforço do poder do CDS na governação do nosso território: já participávamos na governação da Madeira, passámos também a estar no Governo dos Açores pela primeira vez na história e, depois de domingo, governamos sozinhos ou em coligação cerca de 50 câmaras municipais. Um resultado verdadeiramente notável e o melhor desde há muitas décadas a esta parte”, elencou, num elogio à sua presidência do partido.

Na perspetiva do dirigente do CDS-PP, “só falta levar a marca” do partido ao Governo de Portugal, um caminho para o qual será preciso continuar a renovação do partido, recordando que a sua proposta “nunca foi nem será um regresso ao passado”.

“A estratégia que segui até aqui deu frutos, permitiu ao partido crescer e também afirmar-se no exercício do poder regional e autárquico. Agora é o momento certo para prepararmos as eleições legislativas: unir o partido em torno da minha liderança, para derrotarmos a esquerda no Governo do País e permitir ao CDS-Partido Popular ser alternativa de Governo”, afirmou.

A reta final da declaração foi um apelo direito aos militantes ao CDS-PP.

“Contem comigo e contem com um Partido Popular mais forte e mais coeso nesta missão. A direita certa é esta. A direita certa é o Partido Popular”, concluiu, saindo depois da sala sem que houvesse espaço para os jornalistas fazerem qualquer pergunta.