O antigo chefe de Estado Jorge Sampaio, os líderes do PSD, Rui Rio, e do CDS-PP, Assunção Cristas, e nomes ligados à história dos democratas-cristãos como Manuel Monteiro, Paulo Portas, Basílio Horta, Ribeiro e Castro e Adriano Moreira passaram pela Igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
À saída do velório, perto das 22:00, Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas, referindo que fez questão de estar "à chegada do corpo e agora no encerramento do Mosteiro", também "a título pessoal, como amigo de mais de 50 anos do professor Freitas do Amaral", de quem foi colega de faculdade.
"Fico feliz só porque Portugal reconhece o papel de Diogo Freitas do Amaral e todos os quadrantes reconhecem, mas isso não apaga o vazio que deixa a um amigo daqueles que privaram muito, muito intensamente com ele, até aos últimos dias da vida", declarou.
O Presidente da República elogiou "a coragem" de Freitas do Amaral ao longo da sua vida nos "desafios políticos e universitários" e na forma como enfrentou os últimos tempos, "sobretudo estes últimos meses e estas ultimas semanas de provação física", que disse ter acompanhado de perto.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, das Finanças, Mário Centeno, e Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, o vice-presidente da Assembleia da República Jorge Lacão, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o ex-coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã também compareceram no velório de Freitas do Amaral.
O constitucionalista Jorge Miranda, o ex-banqueiro Ricardo Salgado, o advogado e ex-dirigente do PCTP/MRPP Garcia Pereira, a antiga presidente do PSD Manuela Ferreira Leite, o ex-presidente do Tribunal de Contas Guilherme d'Oliveira Martins, o diplomata e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros António Monteiro e a antiga ministra da Saúde Maria de Belém Roseira foram outras personalidades que passaram pelo Mosteiro dos Jerónimos.
Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nascido na Póvoa de Varzim, no distrito de Porto, em 21 de julho de 1941, morreu na quinta-feira, aos 78 anos.
Foi presidente do Centro Democrático Social (CDS), partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, e fez parte de governos da AD, entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992, tendo exercido as funções de vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.
O corpo de Freitas do Amaral encontra-se em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos desde as 17:00 de hoje. A Igreja de Santa Maria de Belém fechou às 22:00 e irá reabrir no sábado às 09:00. Pelas 12:00 haverá uma missa celebrada pelo bispo auxiliar de Lisboa, seguindo o cortejo fúnebre, às 13:00, para o cemitério da Guia, em Cascais.
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