Segundo os resultados do apuramento geral das eleições de 09 de outubro, anunciados pelo presidente da CNE, Carlos Matsinhe, em Maputo, mas que devem ser ainda validados pelo Conselho Constitucional, a Frelimo elegeu para governador da província de Maputo Manuel Tule, com 626.859 votos (65,44%).

Em Gaza, o partido no poder elegeu a cabeça-de-lista Margarida Chongo com 497.109 votos (87,69%), em Inhambane, elegeu para o cargo Francisco Pangula, onde conseguiu 293.924 votos (76,35%).

Em Sofala, elegeu Lourenço Bulha para governador com 414.664 votos (67,67%), em Manica, somou 382.743 votos (76,29%), sendo Francisca Tomás governadora, enquanto Pio Matos foi eleito na Zambézia, com a Frelimo a conseguir 618.101 votos (71,70%) e Domingos Viola vai ser governador de Tete, onde o seu partido conseguiu 751.109 votos (88,66%).

Dados apresentados apontam Eduardo Abdula como governador de Nampula, onde a Frelimo somou 492.663 votos (59,11%); Valige Tauabo fica como governador de Cabo Delgado, onde o partido no poder conseguiu 288.218 votos (33%) e em Niassa, a Frelimo obteve 186.667 votos (72,18%), colocando Elina Judite no cargo de governadora.

Num total de 867 mandatos para as 10 Assembleias Provinciais, a Frelimo conquistou igualmente a maioria, segundo a CNE, tendo elegido 731 membros, seguida da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) com 54; Podemos com 42, Movimento Democrático de Moçambique (MDM) com 27, Revolução Democrática (RD) com seis e Partido Humanitário de Moçambique (Pahumo) com cinco, o Partido da Reconciliação Nacional (Parena) e o Partido de Renovação Social (Pareso) ambos com um.

Para a província de Maputo, a Frelimo ficou com 62 mandatos, o Podemos com 20, e o MDM e a Renamo com dois cada um.

Em Gaza, a Frelimo conquistou 80 assentos, com 87,59% dos votos, e o MDM e o Parena conseguiram um mandato cada. Em Inhambane, o partido no poder obteve 73 mandatos (76,35%), a Renamo quatro, o MDM três e o Pareso um.

Na província de Sofala, a Frelimo ficou com 68 mandatos (67,67%), o MDM somou 12 e a Renamo três mandatos, enquanto em Manica, o partido no poder conseguiu 70 mandatos, a Renamo oito e o MDM quatro mandatos.

Em Tete, a Frelimo totalizou 81 mandatos (88,66%), a Renamo três e o MDM dois mandatos, sendo que na Zambézia, o partido no poder conseguiu 83 mandatos, a Renamo 12 mandatos e o Podemos quatro.

Em Nampula, a Frelimo obteve 76 mandatos, o Podemos conseguiu o seu melhor resultado com 18 mandatos, a Renamo obteve oito e o MDM um, enquanto em Cabo Delgado, o partido no poder conquistou 72 mandatos, a Renamo sete, o Pahumo, cinco e o MDM um.

Em Niassa, o partido no poder conseguiu 66 mandatos, a Renamo sete, a RD seis e o MDM um mandato.

A CNE anunciou hoje a vitória de Daniel Chapo (Frelimo) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos, resultados que ainda carecem da validação do Conselho Constitucional.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos, ficou em segundo lugar, com 20,32%, totalizando 1.412.517 votos.

Na terceira posição da eleição presidencial ficou Ossufo Momade, presidente da Renamo, até agora maior partido da oposição, com 403.591 votos (5,81%), seguido de Lutero Simango, presidente do MDM, com 223.066 votos (3,21%).

Votaram nesta eleição 43,48% dos mais de 17,1 milhões de eleitores inscritos.

As eleições gerais de 09 de outubro incluíram as sétimas presidenciais – às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos – em simultâneo com legislativas e para assembleias e governadores provinciais.

O anúncio dos resultados feito hoje pela CNE acontece no primeiro de dois dias de greve geral e manifestações em todo o país convocadas pelo candidato Venâncio Mondlane contra o processo eleitoral deste ano, que está a ser marcado por confrontos entre manifestantes e a polícia nas principais avenidas da capital moçambicana.