A decisão foi tomada num plenário de dirigentes e ativistas sindicais da Frente Comum, que se realizou num jardim junto à Assembleia da República, em Lisboa, e que contou com a participação do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
"Marcámos esta greve porque não podemos aceitar que os trabalhadores da administração pública continuem com os salários congelados por mais um ano", disse à agência Lusa a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila.
Segundo a sindicalista, os cerca de 400 dirigentes e delegados sindicais que se reuniram hoje foram unânimes quanto à necessidade de avançar com a paralisação, porque "o Governo não parece querer garantir aumentos salariais no próximo ano e a conclusão do descongelamento de carreiras", entre outras coisas.
"Escolhemos esta data porque, tendo em conta que o Orçamento do Estado vai ser discutido na especialidade em novembro, ainda existem condições para serem introduzidas alterações na proposta do Governo, de modo a dar resposta às reivindicações dos trabalhadores", disse a coordenadora da Frente Comum, no final do encontro.
A estrutura sindical pretendia entregar na residência oficial do primeiro-ministro a resolução aprovada no plenário, mas como António Costa transferiu provisoriamente o seu gabinete para a Praça do Comércio, os sindicalista adiaram a entrega do documento.
A proposta reivindicativa da Frente Comum prevê aumentos salariais de 4% e um aumento mínimo de 50 euros para todos os trabalhadores.
As estruturas sindicais da função pública já tiveram duas reuniões com a secretária de Estado do Emprego e Administração Pública, no âmbito do processo negocial anual, mas não receberam qualquer contraproposta aos seus cadernos reivindicativos.
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