“Se me pergunta qual é a minha maior preocupação atualmente, digo-lhe que é Espanha, afirmou Leggeri numa entrevista à edição de domingo do “Welt”.
Leggeri precisou que em junho se contabilizaram no Mediterrâneo ocidental cerca de 6.000 atravessamentos de fronteira irregulares a partir de África.
“Se os números continuarem a subir como ultimamente, esta rota vai-se converter na mais importante”, advertiu, adiantando que cerca de metade dos imigrantes que utilizam esta via para chegar à Europa são marroquinos e os restantes são oriundos de África Ocidental.
Segundo a Frontex, no Níger, país de trânsito, há alguns meses está-se a oferecer aos imigrantes como alternativa a continuar a travessia até à Líbia, alcançar território europeu através de Marrocos.
Leggeri mostrou-se a favor da agilização dos planos para o estabelecimento de centros de acolhimento internacionais para imigrantes em África, com o objetivo de que quem quer que seja que empreenda o caminho para a Europa pondo a sua via nas mãos das máfias possa continuar a pensar que será conduzido à Europa desde que seja resgatado.
“Se este automatismo já não existir, poderemos combater o modelo do negócio criminoso” dos traficantes de pessoas, disse.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), entre janeiro e julho deste ano cerca de 46.500 crianças, mulheres e homens alcançaram zonas costeiras europeias através do Mediterrâneo, contra 101.000 no mesmo período do ano passado e os quase 232.000 nos mesmos seis meses de 2016.
A organização da ONU atribuiu esta diminuição de imigrantes que chegam à Europa através do Mediterrâneo às políticas migratórias restritivas de muitos países europeus.
Centenas de milhares de pessoas tinham utilizado esta rota para chegar através da Grécia a países do centro da Europa.
Comentários