De acordo com os documentos, os EUA acreditam que António Guterres está "demasiado disposto a acomodar os interesses russos". Esta análise do Pentágono, de onde saiu a fuga de informação, baseia-se unicamente no acordo de exportação de cereais, mediado pela ONU e pela Turquia em julho do ano passado, face aos receios de uma crise alimentar global.

Vários ficheiros descrevem comunicações privadas entre Guterres e a sua adjunta, Amina Mohammed, onde o português alegadamente estaria interessado em preservar o acordo apesar de envolver indivíduos sancionados, desde que a Ucrânia pudesse transportar os seus cereais para o mundo. As suas ações, em fevereiro do ano passado, de acordo com o Pentágono, estavam a  "minar esforços mais amplos para responsabilizar Moscovo pelas suas ações na Ucrânia".

A ONU já reagiu a estas notícias e revelou a sua irritação para com as mesmas, de acordo com a BBC. Um alto funcionário disse mesmo que a organização é "impulsionada pela necessidade de mitigar o impacto da guerra sobre os mais pobres do mundo".

“Isso significa fazer o possível para reduzir o preço dos alimentos”, acrescentou, “e garantir que os fertilizantes sejam acessíveis aos países que mais precisam”.

Outro documento revelado afirma também que Guterres expressou "consternação" com um apelo da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no sentido de a Europa produzir mais armas e munições.

Refira-se que a fuga desta informação está já a ser investigada pelo Pentágono, que, contudo, ainda não confirmou a veracidade da mesma. São já vários os dados revelados, sobretudo sobre a Guerra na Ucrânia, mas também sugerem que os EUA estariam a espiar os países aliados.

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