Fonte oficial das autoridades judiciais espanholas disse hoje à agência Lusa em Madrid que no domingo apenas foi detido um dos chilenos procurados pela polícia portuguesa porque este tinha documentos de identidade falsos.
O outro chileno “tinha documentos em ordem e não havia razão para o deter”, disse a mesma fonte, adiantando que neste momento as autoridades espanholas desconhecem o local onde possa estar.
O detido foi presente a um primeiro interrogatório judicial na segunda-feira à noite, tendo o juiz verificado que se tratava de um dos fugitivos que Portugal reclamava através de dois mandados de detenção europeus chegados pouco antes.
“Hoje começaram os tramites para extraditar o detido e quando todos os documentos estiverem em ordem será posto à disposição das autoridades portuguesas, o que deverá acontecer nos próximos dias”, disse a fonte judicial espanhola.
Numa resposta enviada à Lusa na segunda-feira à noite, a Procuradoria-Geral da República refere que “foram seguidos todos os procedimentos previstos na lei, designadamente a emissão dos respetivos mandados de detenção”.
Na segunda-feira, uma fonte oficial da Polícia Nacional espanhola disse à agência Lusa que os dois reclusos chilenos que se evadiram da prisão de Caxias tinham sido detidos no domingo no aeroporto de Madrid, com passaportes falsos, mas um deles foi libertado pelas autoridades espanholas.
Por outro lado, uma fonte judicial em Lisboa admitiu que terá havido um "atraso" no envio do Mandado de Detenção Europeu (MDE), pois caso contrário teriam os dois chilenos ficado imediatamente detidos ao abrigo do MDE.
Três reclusos, dois chilenos e um português fugiram na madrugada de domingo do Estabelecimento Prisional de Caxias, concelho de Oeiras, através da janela da cela que ocupavam.
Os ministérios da Administração Interna e da Justiça confirmaram na segunda-feira a detenção em Madrid de um dos três reclusos, adiantando que o detido, de nacionalidade chilena, “encontra-se sob custódia das autoridades espanholas”.
Os ministérios da Administração Interna e da Justiça salientaram ainda que, “mal foi conhecida a fuga, as forças e serviços de segurança iniciaram ações e operações com vista à recaptura dos evadidos”.
Em comunicado divulgado no domingo, a Direção Geral dos Serviços Prisionais indicou que os dois cidadãos chilenos, com 29 e 30 anos, e um português com 30 anos, se encontravam presos a aguardar julgamento por crimes de furto e roubo em processos criminais distintos.
A direção-geral “instaurou de imediato um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção da Direção Geral”.
A fuga dos três detidos foi comunicada às diversas forças policiais – GNR, PSP e PJ – para a captura dos evadidos.
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