Durante uma visita à feira Ovibeja, Rui Rio reagia a uma questão dos jornalistas sobre se gostaria de uma intervenção mais crítica do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em relação ao Governo.
“Não, o PSD é oposição, tem de andar por si próprio, não tem de ter o Presidente da República (PR) como ‘muleta’”, frisou.
Segundo o líder do PSD, “não é a função do PR ser ‘muleta’, nem do Governo, nem da oposição”, porque “a função” do chefe de Estado é salvaguardar “o equilíbrio institucional e guardar a independência”.
“Nunca estarei à espera” de um Presidente da República, quem quer que seja, “para ajudar que partido seja”, vincou.
Questionado pela agência Lusa sobre se considera que o Presidente da República tem sido ‘muleta’ do executivo socialista liderado por António Costa, Rui Rio respondeu: “Não”.
“Naturalmente que, se perguntar aos militantes do PSD ou do CDS, há momentos em que gostariam que o Presidente da República alinhasse mais com o PSD ou com o CDS”, admitiu.
Mas, argumentou, “não é por os militantes acharem, que automaticamente o Presidente [da República] deveria fazer diferente. Está a fazer como entende que deve fazer”.
Durante a visita à 36.ª edição da feira agropecuária Ovibeja, que decorre em Beja até domingo, o presidente do PSD visitou os ‘stands’ de vários expositores e o pavilhão da pecuária, acompanhado por uma comitiva do partido que incluiu, entre outros dirigentes, Paulo Rangel, o cabeça-de-lista social-democrata às eleições europeias de 26 de maio.
Nesta sua segunda deslocação à Ovibeja como líder do PSD, Rui Rio foi também questionado pelos jornalistas sobre se, daqui a um ano, espera voltar à feira, mas como primeiro-ministro.
“Sim, esse é o objetivo, como é evidente. A partir do momento em que há eleições” legislativas em outubro “e que o PSD concorre” é “para ganhar e, portanto, esse é, naturalmente, o objetivo. É poder estar aqui, daqui por um ano, mas em condição diferente”, argumentou.
O líder social-democrata também enfatizou que “há uma diferença muito grande entre o caminho” que está “a fazer e as sondagens”.
“O caminho que estou a fazer é seguro e sei o que estou a fazer. As sondagens, isso há para todos os gostos e, para mim, não me influenciam minimamente”, assinalou.
No entanto, frisou, “a próxima aposta do PSD” são as eleições europeias, nas quais o partido tem objetivos traçados: “Um bom resultado é subir muito, um muito bom é ganhar.
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