Empresas como a tecnológica francesa Capgemini ou o grupo canadiano que gere as Minas da Panasqueira irão partilhar a sua experiência com migrantes, num evento organizado pelo Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, Universidade da Beira Interior (UBI) e Câmara Municipal do Fundão.

Associações que disponibilizam apoio a migrantes:

JRS Portugal — O gabinete jurídico "tem como objetivo assessorar juridicamente os utentes no seu processo de regularização, bem como emitir pareceres e orientações técnicas internas em matérias de Lei de Estrangeiros, Lei de Asilo e legislação acessória". Saiba mais aqui.

Renovar a Mouraria — Centrada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, esta associação ajuda com os processos de regularização de quem "vive, trabalha, estuda ou tem filhos que estudam" naquela zona. Conheça o projeto aqui.

Lisbon Project — Este projeto tem como objetivo "construir uma comunidade que integra e capacita migrantes e refugiados". Nesse sentido, tem também disponível um gabinete de apoio jurídico. Fique a par de tudo aqui.

Mundo Feliz — Esta associação ajuda os imigrantes no processo de regularização em Portugal e também na procura de emprego, entre outros serviços. Saiba mais aqui.

Linha de Apoio ao Migrante — Esta linha "tem como principal objetivo responder de forma imediata às questões mais frequentes dos migrantes, disponibilizando telefonicamente toda a informação disponível na área das migrações e encaminhando as chamadas para os serviços competentes". Contactos: 808 257 257 / 218 106 191. Mais informações aqui.

A 2.ª edição do curso Migrações e Desafios da Integração da Academia Mais Integração, que arrancou no domingo e decorre até sábado, conta com um programa de aulas, conferências e trabalho colaborativo, durante o qual os formandos, professores e oradores são convidados a interagirem e conviverem de forma imersiva.

Depois da primeira edição em junho, a Academia Mais Integração volta a reunir no Fundão meia centena de profissionais do setor público, privado e de instituições particulares de solidariedade social (IPSS), que querem adquirir competências nas áreas das migrações e dos desafios da integração.

“Para além da Beralt e da Capgemini, multinacionais que encontraram no Fundão o ecossistema certo para pôr a trabalhar ao melhor nível um grande número de trabalhadores de diversas partes do mundo com diferentes níveis de formação, vamos contar também com a participação de empresas familiares como a Energias Primo, especializada na montagem e gestão energética, ou a J3LP, que produz manualmente presilhas para as carteiras mais exclusivas que a Hermés desenha em Paris”, indicou a coordenadora da Academia Mais Integração, Cláudia Pereira.

De acordo com a investigadora, docente no Iscte e ex-secretária de Estado para a Integração e as Migrações, o objetivo desta Academia é reforçar as competências profissionais de quem trabalha diariamente com migrantes, nomeadamente nas administrações Central e Local e em organizações sociais.

“Os responsáveis desta formação estão empenhados em envolver cada vez mais empresas que partilhem os seus conhecimentos e que enviem os seus quadros para edições futuras desta Academia”, acrescentou.

Para quarta-feira está agendado um jantar-conferência que irá contar com a participação do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Nuno Sampaio, enquanto no dia seguinte terá lugar a apresentação do filme/documentário Fundão - Histórias de Acolhimento.

Para sexta feira está agendada a conferência internacional "The governance of migration and diversity", com a presença do professor de Políticas Migratórias e Diversidade da Universidade de Roterdão, Peter Scholten.

O ex-diretor da IMISCOE, a maior rede académica da Europa de institutos de investigação sobre migração, integração e coesão social, abordará os desafios que a imigração coloca às sociedades atuais, contanto ainda com a participação do sociólogo, investigador do Iscte e ex-ministro do Trabalho e da Solidariedade, Paulo Pedroso.

A 2.ª edição da Academia Mais Integração conta com participantes de todo o país, oriundos de câmaras municipais e juntas de freguesias, Instituto de Emprego e Formação Profissional – IEFP e Segurança Social, passando pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo – AIMA e Autoridade para as Condições do Trabalho – ACT.

“Um dos principais benefícios que a Academia transmite a quem a frequenta é o treino em modelos de trabalho colaborativo, o qual proporciona ao longo da formação experiências de trabalho em rede entre instituições diferentes”, evidenciou Cláudia Pereira.

A próxima edição da Academia Mais Integração acontece em março de 2025.