“O Grace tornou-se rapidamente num grande furacão”, com “ventos sustentados de 195 km/h”, disse o NHC, num boletim emitido às 03:00 de Lisboa, altura em que a tempestade estava a 120 quilómetros de Tuxpan, no estado de Veracruz.
O Grace, que já tinha levado as autoridades mexicanas a emitirem alerta vermelho na região, deverá atingir pela segunda vez o México, depois de ter atravessado a província de Iucatão na quinta-feira, sem fazer vítimas ou causar danos materiais importantes.
“O furacão entrará por Nautla à 01:00 da manhã [07:00 em Lisboa], aproximadamente”, antecipou o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, numa mensagem nas redes sociais em que apelou à população da região de Veracruz para “procurar refúgio nas partes altas com familiares e nos albergues que estão a ser instalados”.
A intensificação do fenómeno meteorológico colocou em alerta o Governo e as Forças Armadas, tendo sido destacados 7.829 elementos da Proteção Civil, além de funcionários da Defesa, Marinha e da Comissão Federal da Eletricidade.
Segundo a agência Efe, as autoridades prepararam 217 abrigos e estão prontas para ativar mais 2.000, se necessário.
No porto de Veracruz, os estabelecimentos comerciais entaiparam portas e janelas e os pescadores puseram 300 barcos ao abrigo da tempestade.
O Grace tocou terra na quinta-feira, por volta das 05:45 locais (10:45 em Lisboa), a sul de Tulum, no leste da península do Iucatão, como um furacão de categoria 1, com ventos máximos sustentados de 130 quilómetros por hora.
O furacão passou pela península de Iucatão sem causar quaisquer mortes, disse o governador do estado de Quintana Roo, Carlos Joaquin.
Quintana Roo foi colocada em alerta vermelho e mais de 6.000 turistas e residentes foram retirados para abrigos, de acordo com as autoridades na região, escassamente povoada.
Na cidade de Tulum não foram relatados danos importantes.
O Grace tinha sido rebaixado para tempestade tropical quando chegou a terra, mas ganhou força quando regressou ao mar.
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) prognostica que a atual temporada ciclónica no Atlântico venha a ter uma atividade acima da média.
Este ano, até agora, só se formou na bacia atlântica outro furacão, o Elsa, em inícios de julho.
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