De acordo com um comunicado do gabinete do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, o galardão será atribuído "em reconhecimento do inestimável trabalho de uma vida dedicada ao fomento das artes visuais, da promoção e divulgação contínua dos artistas contemporâneos, em Portugal e no estrangeiro, ao longo de mais de trinta anos".

"Maria da Graça Carmona e Costa é, hoje, uma personalidade emblemática no panorama da arte contemporânea portuguesa, com uma longa carreira no meio galerístico e uma atividade filantrópica constante", assinala, na nota, acrescentando que a galerista "assumiu um papel determinante no apoio e divulgação de várias gerações de criadores nacionais, quer em Portugal, quer no estrangeiro".

Natural de Lisboa, Maria da Graça Carmona e Costa frequentou, na década de 1970, o primeiro curso de formação de Iniciação à Arte Moderna promovido pela Sociedade Nacional de Belas Artes.

Foi nessa altura que contactou com destacadas personalidades da arte portuguesa como Almada Negreiros, José Augusto-França, Rui Mário Gonçalves, entre outros.

Também nos anos 1970 iniciou a sua atividade na Galeria Quadrum, fundada por Dulce D’Agro, um dos espaços galerísticos mais importantes das artes visuais nesse período, expondo e promovendo obras de artistas portugueses como Alberto Carneiro, Álvaro Lapa, Ana Hatherly, Ana Vieira, Ângelo de Sousa, Carlos Nogueira, Eduardo Nery, Ernesto de Sousa, Fernando Calhau, Helena Almeida, Joaquim Rodrigo, Julião Sarmento, Menez, Nadir Afonso, Noronha da Costa, entre outros.

No final dos anos 1980, fundou o gabinete Giefarte, espaço onde divulgou a obra de artistas e criadores como Ana Vieira, António Palolo, Cristina Ataíde, Helena Almeida, Hugo Canoilas, Ilda David, Jorge Martins, João Vieira, Nikias Skapinakis, Pedro Portugal, Pedro Proença.

O acervo de arte da Giefarte integra muitos trabalhos e criações de autores cujo percurso acompanhou, como Álvaro Lapa, Ana Jotta, António Júlio Duarte, Daniel Blaufuks, João Penalva, Jorge Molder, Jorge Queiroz, José Luís Neto ou Pedro Cabrita Reis.

Em 1997, criou a Fundação Carmona e Costa com o seu marido – Vítor Carmona e Costa, já morto -, com a finalidade de dinamizar iniciativas da arte contemporânea portuguesa.

Em 2005, inaugurou um espaço dedicado às artes decorativas – onde expõe obras de porcelana e faiança colecionadas por Vítor Carmona e Costa ao longo dos anos -, e outro destinado à arte contemporânea, realizando desde então exposições regulares.

A sua coleção de arte, iniciada no contexto da Fundação Carmona e Costa, continua a expandir-se, sobretudo na área do desenho, que a galerista considera transversal a todas as disciplinas artísticas.

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