"Ganhámos e todos sabem disso", disse Machado em conferência de imprensa. "Queremos dizer a todo o país e ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e ele é Edmundo González Urrutia".

"González Urrutia obteve 70% dos votos e Nicolás Maduro 30%. Esta é a verdade. Parabéns, Edmundo", continuou Machado, que estava acompanhada do candidato da oposição.

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, tinha anunciado pouco antes a reeleição de Maduro com 5,15 milhões de votos (51,2%) frente a González Urrutia, com 4,45 milhões (44,2%), segundo um primeiro boletim oficial com 80% da apuração.

Amoroso assegurou que esse boletim reflete uma tendência "contundente e irreversível" e denunciou uma "agressão contra o sistema de transmissão de dados que retardou" a contagem.

González Urrutia, por outro lado, afirmou que no processo eleitoral "foram violadas todas as normas" de votação.

"A nossa mensagem de reconciliação e paz continua vigente. A nossa luta continua. Não descansaremos até que a vontade do povo da Venezuela seja refletida", insistiu.

Machado também se dirigiu aos militares. "O dever da Força Armada Nacional é fazer respeitar a soberania popular e é isso que esperamos", disse.

"Não vamos aceitar a chantagem de que a defesa da verdade é violência. Violência é ultrajar a verdade", acrescentou, pedindo aos apoiantes que permaneçam em "vigília cívica" em redor dos centros de votação.