Centenas de pessoas lideradas por garimpeiros incendiaram os escritórios do Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no município de Humaitá, a cerca de 800 quilómetros da capital, Manaus.

De acordo com as autoridades locais, cerca de 500 pessoas participaram no ataque, que aconteceu em resposta a uma operação de combate a extrações ilegais de ouro no rio Madeira.

"Perdemos edifícios, documentos, arquivos, equipas e processos, mas felizmente os nossos trabalhadores estão a salvo", disse o vice-presidente do Ibama em Amazonas, José Leland, que acrescentou que, no seguimento do ataque, vários funcionários que trabalham em Humaitá foram colocados sob proteção policial.

Os garimpeiros atuaram durante a noite, em resposta a uma operação de combate à exploração ilegal das minas, liderada pelo Ibama, ter destruído 35 jangadas de pesquisa de ouro, o que gerou uma enorme insatisfação entre os familiares dos trabalhadores.

“Apesar desse ataque, não nos vamos curvar a esse crime. Vamos continuar com a operação e destruir as balsas que sobraram. O garimpo no rio Madeira é um ultraje", disse Leland ao site noticioso Amazonia Real.

"Os garimpeiros estavam sem licença, numa área embargada, sem nenhum mecanismo de controlo de mercúrio, alterando o leito da navegação do rio e tudo isso em frente da cidade, perto do porto", criticou o responsável policial.