Batten, que foi eleito sem oposição, ocupava o cargo de líder provisório de formação desde que Henry Bolton foi afastado em fevereiro do cargo.

Imediatamente após sua eleição, o novo líder do partido eurofóbico anunciou que renunciaria em 12 meses para que possa ter lugar uma nova eleição com mais de um candidato.

“Eu pretendo renunciar a 13 de abril de 2019 para que uma eleição verdadeiramente competitiva possa ser realizada. Até lá decidirei se quero ou não concorrer a essa eleição”, afirmou, citado pela AFP.

Gerard Batten salientou que, desde que assumiu o cargo interino em fevereiro, assegurou a “sobrevivência imediata” do UKIP, restabelecendo a sua situação financeira e organizacional.

Comprometeu-se a, nos próximos 12 meses, “tudo fazer pelo progresso do partido”.

“O UKIP é a única oposição à nossa situação política e somos precisos mais do que nunca”, frisou.

No início de março, o antigo líder Henry Bolton anunciou a formação de um novo partido político, denominado OneNation (Uma Nação).

Bolton declarou que a nova formação vai ter como lema ‘Por um Futuro Independente’ e lutar “incansavelmente” por uma “independência completa da União Europeia”.

Bolton perdeu a liderança do UKIP em 17 de fevereiro, ao fim de pouco mais de quatro meses na função, devido à falta de apoio dos militantes, quando se viu envolvido num escândalo provocado por comentários racistas da sua ex-companheira sobre a noiva do príncipe Henrique, Meghan Markle.

Depois do referendo de 23 de junho de 2016, no qual os britânicos aprovaram a saída do Reino Unido da UE, o designado ‘Brexit’, o líder de então do UKIP, Nigel Farage, apresentou a sua demissão.

Nas eleições gerais antecipadas em junho último, o UKIP passou de 12,6% dos votos para 1,8%, sem conseguir eleger qualquer representante para o parlamento.