Em declarações à agência Lusa, Manuel Salgueiro adiantou “ter sido derrubado um pilarete do cemitério secular e encontradas velas e flores na capela de apoio aos funerais que parecem indiciar a realização de rituais”.

“O caso foi detetado pela população logo após a missa da manhã. Desloquei-me ao cemitério e acionei a GNR”.

Segundo Manuel Salgueiro, “a população está muito indignada”, adiantando que “os atos de vandalismo devem ter sido praticados por várias pessoas”.

“Além do pilarete derrubado, na capela que dá apoio aos funerais, foi encontrado rasgado um edital que a Junta de Freguesia tinha afixado para prevenção da covid-19, colocaram velas e flores retiradas das sepulturas em cima da mesa onde são colocadas as urnas, os mesmos objetos que também foram encontradas noutras zonas do cemitério”, especificou.

O autarca adiantou que, após “uma inspeção pelo cemitério, propriedade da Junta de Freguesia”, constatou-se não ter sido vandalizada “nenhuma sepultura”.

“Só os proprietários poderão dizer se foi furtado algum objeto das sepulturas”, disse.

A Lusa contactou o Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, que confirmou ter sido acionada para aquela ocorrência e estar a investigar o caso.

O cemitério está situado junto à Igreja e a um mosteiro beneditino cujos vestígios históricos colocam a sua origem em 1087, antes da fundação de Portugal, em processo de classificação como imóvel de interesse público pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

O conjunto dos três imóveis foi, em 1916, num leilão, por 33 contos [cerca de 165 euros].

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