O distrito do Porto foi onde se registou o maior número de ocorrências, 243, seguindo-se o distrito de Setúbal, com 211, e Lisboa, onde a GNR assinalou 162 casos de burlas a idosos.
Os distritos que registaram menos ocorrências foram Bragança, com 17, Vila Real, com 21, e Portalegre, onde 23 casos foram registados.
A GNR adiantou que, em 2020, as “burlas informáticas e nas comunicações” foram as que registaram maior incidência, com 331 ocorrências registadas, seguindo-se as “burlas com fraude bancária”, com 169 ocorrências.
A Guarda Nacional Republicana alertou ainda para outros métodos de burlas no âmbito da covid-19.
“O burlão aborda a vítima dizendo que irá ser notificada para ser vacinada, a meio do diálogo diz à vítima que necessita de descontaminar/desinfetar a moradia das vítimas com finalidade de ter acesso aos bens da vítima e no final os burlões acabam por levar os bens”, exemplificou a força de segurança à agência Lusa.
A corporação indicou que um “estudo efetuado às ocorrências registadas” revelou, por outro lado, que existe “uma percentagem mais alta de vítimas do sexo masculino com 938 casos e 649 vítimas do sexo feminino”, apontando, no entanto, que as vítimas são escolhidas de “forma aleatória”.
A GNR alertou para a estratégia dos burlões que, em regra, “são homens e mulheres bem vestidos, bem-falantes”, que se apresentam como “familiares, amigos de familiares ou funcionários de alguma empresa”.
“Muitas vezes usam o conto do vigário para ludibriar as vítimas, ou aproveitam a mudança de notas para convencer os idosos a entregar o dinheiro ‘antigo’ que possuem, garantindo que será entregue o mesmo montante em notas novas”, acrescentou.
A GNR informou ainda que, no ano de 2020, foram detidas “seis pessoas em flagrante delito”.
As ocorrências registadas de burlas a idosos cresceram 11% em 2020, já que no anterior tinham sido assinaladas 1.412 ocorrências.
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