O organismo, encarregado por velar pela proteção de dados em França, justificou a sanção pela “gravidade das violações observadas nos princípios de proteção de dados: transparência, informação e consentimento”.
Fontes da Google comentaram à agência espanhola Efe que a companhia analisará a decisão para determinar quais serão os “seguintes passos” e defenderam o seu compromisso para alcançar os “altos padrões de transparência e controlo” que os utilizadores esperam da empresa.
“Estamos muito comprometidos em alcançar estas expectativas e os requisitos de consentimento do Regulamento Geral de Proteção de Dados”, expôs a multinacional.
Segundo a CNIL, as irregularidades detetadas na empresa norte-americana “deixam os utilizadores sem as suas garantias essenciais, já que pratica operações que podem revelar importantes partes da vida privada”.
“A informação sobre as operações de processamento para a personalização dos anúncios fica diluída em vários documentos e não permite ao utilizador saber o seu alcance real”, criticou a comissão francesa.
A entidade interveio em reação aos pedidos das associações ‘None of Your Business’ e ‘La Quadrature du Net’, para as quais a Google “não tem base legal” para processar informação pessoal dos utilizadores destinada à emissão de publicidade personalizada.
A CNIL multou em dezembro outra empresa tecnológica norte-americana, a aplicação de transporte privado Uber, por não ter feito o suficiente para proteger os dados de 1,4 milhões de utilizadores franceses.
Em 14 de janeiro, o ministro da Economia e Finanças francês, Bruno Le Maire, anunciou que França irá implementar este ano um imposto nacional sobre a faturação dos ‘gigantes’ da Internet.
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