A notícia é avançada pela Bloomberg, que refere que a Alphabet, dona da Google, anunciou a sua retirada da Web Summit após as declarações de Paddy Cosgrave sobre Israel e o ataque do Hamas.
Contudo, esta não é a primeira grande empresa a fazê-lo: esta semana, também a Intel e Siemens tomaram a mesma decisão.
A 13 de outubro, Paddy Cosgrave fez uma publicação, na rede social X (antigo Twitter), que resultou numa onda de críticas entre várias responsáveis de tecnológicas israelitas.
"Estou impressionado com a retórica e as ações de tantos líderes e governos ocidentais, com a exceção particular do Governo da Irlanda, que pela primeira vez estão a fazer a coisa certa. Os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados, e devem ser denunciados pelo que são", destacou.
Em reação, o embaixador israelita defendeu que, "mesmo nestes tempos difíceis", Cosgrave "é incapaz de deixar de lado as suas opiniões políticas extremistas e denunciar as atividades terroristas do Hamas contra pessoas inocentes".
"Devemos ter tolerância zero em relação aos atos terroristas e de terror", sublinhou ainda Dor Shapira.
Também muitos utilizadores da rede social X reagiram às publicações do cofundador da Web Summit com críticas, partilhado a 'hashtag' #cancelwebsummit.
Entretanto, o cofundador da Web Summit tinha já pedido desculpas sobre as suas declarações relativas ao conflito entre Israel e o Hamas, lamentando não ter transmitido "compaixão", e referiu esperar que a paz seja alcançada.
A Web Summit foi fundada em 2009 e decorreu em Dublin até 2016, altura em que se mudou para Lisboa, onde no ano passado acolheu mais de 71 mil pessoas de 160 países. A próxima edição será realizada entre os dias 13 e 16 de novembro.
Além disso, a empresa também organiza as conferências Collision, em Toronto, e Rise, em Hong Kong, além de eventos Web Summit no Rio de Janeiro e Doha.
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