A proposta do Governo sobre as Grandes Opções do Plano para 2019 (GOP), a que a agência Lusa teve hoje acesso, prevê que, no próximo ano, sejam desenvolvidas medidas de prevenção do tabagismo, de alimentação saudável, de promoção da atividade física e de prevenção do consumo de álcool e demais produtos geradores de dependência.
Segundo o documento enviado ao Conselho Económico e Social (CES), a Saúde Pública será valorizada enquanto área de intervenção, pelo que o objetivo passa também por um reforço da vigilância epidemiológica e pela revitalização do Programa de Controlo das Doenças Transmissíveis.
A Estratégia Integrada Para a Promoção da Alimentação Saudável, aprovada em 2017, mantém-se como uma prioridade, sendo garantido o fornecimento de uma “alimentação nutricionalmente adequada” em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde e disponibilizando, em todos os agrupamentos de saúde, consultas de cessação tabágica e comparticipação de medicamentos para esse efeito.
A resposta dos cuidados de saúde primários deverá ser reforçada, nomeadamente em áreas como a psicologia, a nutrição, a saúde oral, a promoção de literacia em saúde e a prescrição e aconselhamento de atividade física. Será ainda promovido o recurso à telessaúde, sobretudo na área da dermatologia, para “aumentar a proximidade” e os diagnósticos precoces” e “diminuir os tempos de espera”.
O executivo quer ainda implementar integralmente quer os Planos Locais de Saúde, quer o novo Programa Nacional de Vacinação.
Além disso, o plano para 2019 abrange ainda uma ampliação da cobertura do Serviço Nacional de Saúde nas áreas da Saúde Oral e da Saúde Visual.
O envelhecimento ativo continua a ser uma meta do Governo para o próximo ano, pretendendo o executivo que seja feito um plano em colaboração com os municípios, sobretudo nas regiões do país mais desfavorecidas, através de iniciativas legislativas específicas.
Segundo a proposta de GOP, o Governo vai realizar um estudo, em 2019, para avaliar o custo de novos equipamentos de saúde nos hospitais a fim de reforçar “as redes hospitalares metropolitanas e regionais” e garantir “a adequação dos serviços a prestar às populações, de acordo com a sua distribuição pelo território e com as suas necessidades específicas”.
O Governo quer criar novas Unidades de Saúde Familiar em 2019 para garantir que todos os portugueses passem a ter médicos de família.
Comentários