O porta-voz do Conselho de Segurança afegão, Javid Faisal, precisou que um grupo de 80 detidos tinha já sido libertado na quinta-feira, o que vai “acelerar os esforços para as negociações diretas e um cessar-fogo duradouro e nacional”.
O início das negociações entre os rebeldes e o Governo afegão, que se tinha comprometido em realizar previamente uma troca de prisioneiros, foi repetidamente adiado.
No domingo, uma grande assembleia afegã (‘loya jirga’), composta por milhares de dignitários, responsáveis governamentais e chefes tribais, aceitou a libertação destes 400 talibãs.
Na segunda-feira à noite, o Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, assinou o decretou da libertação dos rebeldes, de acordo com o gabinete presidencial.
Alguns destes detidos foram implicados em ataques que mataram afegãos e estrangeiros. Neste grupo estão 44 rebeldes particularmente vigiados pelos Estados Unidos e por outros países pelo papel em atentados que visaram alvos de primeiro plano.
Cabul libertou até agora cerca de cinco mil talibãs, mas as autoridades afegãs tinham recusado, até aqui, soltar estes 400 últimos prisioneiros, como exigido pelo grupo extremista.
A libertação de “criminosos violentos” e de traficantes de droga vai “provavelmente representar um perigo” para o Afeganistão, para os Estados Unidos e para o mundo, advertiu Ghani, durante uma videoconferência organizada por um centro de reflexão de Washington, o Conselho sobre Relações Estrangeiras, na quinta-feira.
A paz tem um custo e com esta libertação o Afeganistão “paga a maior parcela, o que significa que a paz terá consequências”, alertou o Presidente afegão.
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