“O Governo está atento à situação e continuará a monitorizá-la. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, não há, para já, qualquer vestígio da dita carga de plásticos na costa portuguesa”, indicou o Ministério do Ambiente, numa resposta escrita a perguntas da Lusa.
As regiões do Norte de Espanha, da Galiza ao País Basco, ativaram ou elevaram hoje alertas ambientais por causa de toneladas de minúsculas bolas de plástico (designadas por ‘pellets’ ou ‘nurdles’, em inglês) que caíram ao mar em dezembro em águas portuguesas.
Segundo informações divulgadas pelo Governo espanhol, o armador do barco que em 8 de dezembro perdeu contentores da carga que transportava, a 80 quilómetros de Viana do Castelo, disse que caíram ao mar mais de mil sacos com cerca de 26,2 toneladas destas bolas com cerca de cinco milímetros de diâmetro, usadas para fabricar plásticos e que estão agora a dar à costa no norte de Espanha.
As informações anteriores, conhecidas até segunda-feira, estimavam 15 toneladas de bolas de plástico dentro de um dos contentores perdidos pelo barco.
Nos outros contentores caídos ao mar (pelo menos mais cinco) havia pneus, rolos de película aderente e barras de alumínio, segundo as informações fornecidas pelo armador do barco às autoridades espanholas.
A capitania de Viana do Castelo revelou hoje estar “preocupada” e com “atenção redobrada” à possibilidade de a região ser afetada pelo problema, ao passo que a capitania do porto de Caminha afirmou estar vigilante perante a situação.
Em declarações à Lusa, Adriano Bordalo e Sá, hidrobiólogo e investigador da Universidade do Porto, defendeu que as autoridades devem vigiar a costa e “implementar um plano de contingência desenhado à medida” perante a “maré de plástico” nas praias de Espanha que pode afetar Portugal.
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