“Está neste momento em curso um estudo que estará finalizado em setembro deste ano, dentro de dois meses, sobre as necessidades de requalificação do troço entre Pombal e Vila Velha do Ródão”, anunciou Margarida Balseiro Lopes.

A governante falava aos jornalistas no final da reunião de trabalho entre o Governo e as autarquias mais afetadas pelos trágicos incêndios de 17 de junho de 2017, há precisamente sete anos, que decorreu esta tarde nos Paços do Concelho de Pedrógão Grande, distrito de Leiria.

A sessão reuniu também a ministra da Administração Interna, vários secretários de Estado, os presidentes dos municípios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, que foram os mais afetados pelos incêndios de junho de 2017, e o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL).

A ministra da Juventude e da Modernização adiantou ainda que foi sugerido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria que pudesse ser criado um grupo de trabalho para acompanhar os resultados e as conclusões.

Margarida Balseiro Lopes e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, deslocaram-se depois ao Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017, no concelho de Figueiró dos Vinhos, onde depositaram uma coroa de flores.

No local, a governante ouviu a presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Dina Duarte, reivindicar apoio para a reconstrução das casas de segunda habitação naqueles territórios.

“Para nós, as segundas habitações são importantes”, sublinhou a dirigente, criticando o facto do Fundo Revita, criado para apoiar populações afetadas pelos incêndios, “ter ficado cristalizado no tempo”.

Uma situação que poderá ser alterada dentro em breve, após o anúncio efetuado hoje pela ministra da Juventude e da Modernização de que o Fundo Revita vai ser exclusivamente afeto aos concelhos atingidos por estes fogos.

“Aquilo que nós podemos dizer à data de hoje é que vamos, no Orçamento do Estado para 2025, retirar este fundo da unidade de tesouraria, permitindo que o fundo seja exclusivamente destinado a este território, a estas populações, e esta decisão resulta da necessidade de nós investirmos, de facto, em projetos neste território”, afirmou Margarida Balseiro Lopes, em Pedrógão Grande.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande e alastrou a concelhos vizinhos provocou 66 mortos e mais de 250 feridos, sete dos quais graves, destruiu meio milhar de casas e 50 empresas.