Em comunicado divulgado na quinta-feira, o Governo indica que, no cenário base enviado à Comissão Europeia, está previsto que em 2021 a TAP venha a necessitar de um apoio do Estado de 970 milhões de euros.

O documento "incorpora uma transformação significativa da operação da TAP, de forma a garantir a viabilidade e sustentabilidade da companhia no médio prazo", acrescenta o comunicado, sublinhando que "esta reestruturação engloba medidas de melhoria da eficiência operacional, um redimensionamento da frota e de redução das despesas com pessoal".

O plano de reestruturação, exigido por Bruxelas, no âmbito do apoio estatal de até 1.200 milhões de euros, aprovado pela Comissão Europeia em 10 de junho, foi apreciado em Conselho de Ministros extraordinário na noite de terça-feira.

Entretanto, o Governo reuniu-se à porta fechada com os partidos com representação parlamentar, antes do envio do documento a Bruxelas.

Segundo informações divulgadas pelos sindicatos, o plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia.

A elaboração do plano ficou a cargo da consultora Boston Consulting Group (BCG), escolhida pela companhia aérea.