"Não duvido do êxito do trabalho atualmente em curso para a eventual alienação de uma segunda esquadra de aeronaves", afirmou Azeredo Lopes, considerando que o primeiro programa de venda de 12 F-16 à Roménia "é um exemplo da competência" da Força Aérea.
O ministro da Defesa discursava na cerimónia de imposição de medalhas a 24 militares de um total de 29 que estiveram envolvidos no projeto de venda de 12 aeronaves F-16 à Roménia, no ministério da Defesa Nacional.
Questionado pela Lusa, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Manuel Rolo, afirmou que a Roménia solicitou a compra e modernização de mais 12 F-16 e a Bulgária de nove mas o modelo terá de ser outro, já que o ramo não prevê alienar mais F-16.
"O modelo agora tinha que ser ligeiramente diferente, passaria por uma cedência do governo americano de aeronaves disponíveis que por sua vez seriam modificadas e é esse trabalho preliminar que está a ser feito", disse.
Azeredo Lopes sublinhou ainda o envolvimento da OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal) na modernização dos F-16 para a Roménia, considerando que "a Defesa Nacional gera valor".
Considerado pelo Governo "um sucesso", o contrato foi assinado em 2013 pelo anterior ministro da tutela, Aguiar-Branco e contemplou a venda de 12 aparelhos - nove monolugares e três bi-lugares - representando um encaixe líquido de 78 milhões de euros de um total de 181 milhões.
Para além do contrato inicial, a Roménia solicitou o ano passado ao Governo português um pacote adicional de bens e serviços de apoio logístico, incluindo equipamentos de autoproteção de guerra eletrónica.
Para corresponder a este pedido, o Governo autorizou uma despesa adicional de 8,4 milhões de euros para a aquisição, modernização e atualização daqueles equipamentos, despesa que será suportada pela Roménia em aditamento ao contrato inicial, segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada em dezembro de 2016.
Os primeiros seis dos 12 aviões foram entregues em setembro numa cerimónia na Base Aérea de Monte Real, Leiria, e outros três voaram para a Roménia em dezembro.
As restantes três, que foram compradas por Portugal ao fabricante norte-americano, ainda estão em processo de atualização, devendo ser entregues em setembro do corrente ano, segundo os prazos previstos.
A alienação de f-16 da FAP estava prevista na lei de programação militar desde 2006, depois de no início da década Portugal ter decidido que não precisava, em termos operacionais e das exigências da missão, de nove das 39 aeronaves de que dispunha.
O programa inclui a formação e treino de cerca de 84 militares romenos, entre pilotos, técnicos e mecânicos entre 2014 e 2018, a preparação e modernização das aeronaves e o envio de uma equipa portuguesa de formação e suporte para apoiar a Força Aérea romena durante dois anos.
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