Embora a segurança neste tipo de evento seja sempre primordial, para a equipa de Lula da Silva o tema adquiriu ainda mais importância após a sua vitória nas eleições, em outubro, perante manifestações e bloqueios nas estradas e portas de quartéis promovidos por apoiantes do Presidente cessante, Jair Bolsonaro, que pedem aos militares que realizem um golpe para o manter no poder.
Agentes da Força Nacional deverão apoiar a Polícia Rodoviária Federal no trabalho de escolta e poderão circular pelas ruas de Brasília a partir desta quinta-feira até segunda-feira, um dia após a posse de Lula da Silva.
A equipa de segurança do futuro Presidente brasileiro considera que ele não deve circular pelas ruas da capital num veículo descapotável, mas Lula da Silva não é muito favorável a fazer o trajeto fechado num carro blindado, segundo afirmaram fontes próximas.
Para a cerimónia de posse, em que estarão presentes dezenas de chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, está prevista uma mobilização de cerca de 8.000 agentes.
A Força Nacional é formada por diferentes órgãos dos diferentes estados brasileiros e coordenada pelo Ministério da Justiça, que autoriza o seu uso em ocasiões específicas a pedido dos próprios governos locais.
A equipa de Lula da Silva pediu ao Governo Federal de Brasília o encerramento da Esplanada dos Ministérios, onde fica a Praça dos Três Poderes, que abriga as sedes do executivo, do legislativo e do judiciário, a partir de sexta-feira para poder vasculhar a área em busca de explosivos.
O processo, que recebeu sinal verde, foi aberto depois de a polícia ter impedido um possível ataque com bomba perto do aeroporto de Brasília, no fim de semana passado.
CYR // JH
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