“A questão da guerra e a obtenção do estatuto de candidato estão diretamente relacionadas, como sublinharam os líderes da União Europeia (UE)”, disse Irakli Kobajidze, numa conferência de imprensa.

Segundo o líder do principal partido do país, o Sonho Georgiano – Geórgia Democrática, os líderes da UE declararam abertamente que o estatuto de país candidato foi concedido à Ucrânia devido à invasão russa de que é alvo desde 24 de fevereiro.

“Se nos envolvermos numa guerra com a Rússia, temos como garantida a obtenção do estatuto”, explicou Kobajidze, assegurando ainda assim que o seu Governo “fará todos os possíveis para evitar o confronto com a Rússia”.

De acordo com o mesmo, uma guerra com Moscovo significaria “a destruição da Geórgia”.

De qualquer forma, o político manifestou estar confiante que a Geórgia conseguirá obter o estatuto de candidato à UE em dezembro deste ano, sendo que para tal o país terá de cumprir um total de 12 condições impostas pelo bloco comunitário.

Tbilisi apresentou a candidatura à UE juntamente com a Ucrânia e a Moldova, após a Rússia lançar a ofensiva contra o vizinho ucraniano.

A 24 de junho, os dirigentes europeus decidiram conceder o estatuto de candidato oficial a Kiev e a Chisinau. Na mesma ocasião, os líderes afirmaram estar “prontos para conceder o estatuto de candidato” a Tbilisi, uma vez feitas as reformas necessárias.

O Governo da Geórgia garantiu que em seis meses irá gradualmente cumprir com todos os requisitos apontados pela UE, que estão relacionados com o reforço da democratização e o fortalecimento da separação de poderes.

No entanto, a oposição não acredita nas intenções do partido no poder e milhares de cidadãos já pediram a demissão da administração atual.