De acordo com a edição de hoje do jornal Público, o Governo vai manter as máscaras obrigatórias em espaços fechados quando revelar as medidas da terceira fase do processo de desconfinamento.

“A máscara em espaços fechados é para manter", disse um membro do Governo, que manteve o anonimato, ao jornal, adiantando que a nova fase não será "uma passagem do preto para o branco, nem ligar ou desligar um interruptor".

Na semana passada, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adiantou que nesta nova reunião do Infarmed será debatido o novo patamar do processo de desconfinamento, num momento em que Portugal está próximo de ter 85% da população vacinada contra a covid-19 —  de acordo com a task force faltam cerca de 400 mil inoculações para esse número.

Se tal se confirmar, é possível que no próximo dia 23, o Governo anuncie as medidas da terceira fase de desconfinamento após reunião em Conselho de Ministros e antes do prazo previamente estipulado, em meados de outubro. Mariana Vieira da Silva advertiu que, mesmo assim, o país, a partir de outubro, vai ter de continuar a conviver com algumas "medidas obrigatórias" e com recomendações da Direção Geral da Saúde.

A reunião desta quinta-feira, prevista para as 15:00, decorrerá em formato “semipresencial”, esperando-se que, tal como aconteceu em 9 de julho passado, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, estejam na sede do Infarmed.

Como tem sido habitual, a ministra da Saúde, Marta Temido, e grande parte dos especialistas estarão presentes e, desta vez, os diferentes partidos com assento parlamentar poderão enviar um elemento à reunião. Os restantes acompanharão os trabalhos por videoconferência.

Segundo adiantou o Expresso ontem, a equipa responsável pelo plano de desconfinamento quer acabar com todas as medidas obrigatórias contra a pandemia e vai propôr isso mesmo durante a reunião, apesar das reservas da DGS e do Governo.

Segundo o plano do Governo, para a terceira fase estão previstos a reabertura de bares e discotecas, com entrada permitida consoante apresentação de certificado digital ou teste negativo — apesar de alguns espaços já estarem a funcionar mediante regras específicas de funcionamento.

Além disso, os restaurantes deixam de estar sujeitos a limitações máximas de pessoas por grupos e terminam as limitações de lotação dos recintos, o que vale tanto para espetáculos como para casamentos e batizados;