"É fundamental encontrar soluções imediatas para o prolongamento do IC6, mas, sobretudo, que se encontrem soluções também para o IP3 que, provavelmente, é a estrutura dessa natureza em que há absoluta prioridade a nível nacional, bem como desenvolver aquilo que é um investimento de natureza ferroviária, que é uma prioridade absoluta", sustentou o governante, na sua intervenção nas cerimónias comemorativas do feriado municipal de Tábua.

Momentos antes, o presidente da Câmara de Tábua, Mário Loureiro, tinha apelado à necessidade de ser encetada a beneficiação do IP3 ou à sua transformação em via rápida.

"Espero que seja brevemente uma realidade a continuação do IC6 e a conclusão do IC12 entre Canas de Senhorim e Mangualde, que faz a ligação à A25. Também a reconversão da Linha da Beira Alta são os pretensos para toda a região", apontou.

Na resposta ao apelo do autarca de Tábua, Eduardo Cabrita criticou quem levou a Bruxelas "a falsa ideia" de que Portugal não precisa de mais estradas.

"Não é compreensível aquele discurso, que se levou até Bruxelas. Uma ideia falsa de que Portugal já tinha estradas a mais, de que já tinha betão a mais e investimento infraestrutural a mais", acrescentou.

Ao longo da sua intervenção, o representante do Governo evidenciou que o país mudou muito nas últimas décadas. No entanto, considera que ainda falta realizar "aquilo que são elementos adicionais de solidariedade".

"Não podemos reformatar aquilo que foi definido para o Portugal 2020, mas temos de gozá-lo plenamente, sem nos lamentarmos do atraso. Temos de começar, desde já, a construir soluções que nos permitam uma boa reprogramação, uma plena utilização de recursos, mas sobretudo para que em próximos programas não voltemos a chegar tarde e a ver desenhado um fato que dificilmente se ajusta à nossa medida", concluiu.