A ordem foi dada pela polícia da moralidade, sob o Ministério da Propagação da Virtude e Prevenção do Vício (PVPV), após uma investigação sobre a conformidade do desporto com a lei islâmica, de acordo com essa declaração e com a imprensa local.

"Foi observado que esse desporto é problemático para o ponto de vista da sharia (lei islâmica) e que inclui inúmeros aspetos contraditórios aos ensinamentos do islão", declarou a autoridade esportiva do governo talibã num comunicado transmitido à AFP.

Um responsável da autoridade desportiva declarou a um meio de comunicação que o MMA, desporto muito popular no Afeganistão, estava proibido em parte por ser considerado muito violento e apresentar perigos de lesão, incluindo a morte.

As autoridades islâmicas assumiram o poder em 2021 e, desde então, têm aplicado uma interpretação rigorosa da lei islâmica.

Há menos de uma semana, uma nova lei foi promulgada no país com o objetivo de "promover a virtude e prevenir o vício" entre a população, de acordo com a lei da sharia, o que gerou preocupações na comunidade internacional, especialmente por causa das novas restrições às mulheres.

Esta nova legislação tem 35 artigos e controla todos os aspectos da vida dos afegãos, sociais e privados, em uma interpretação ultra-rigorosa da sharia.

A lei "da moral" proíbe também aos homens de usarem calções acima dos joelhos.

Quatro dos onze atletas afegãos que participaram dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 como membros da equipa nacional do Afeganistão ou da equipa de refugiados, competiram em artes marciais.

No entanto, o MMA não é reconhecido como um desporto olímpico, em parte por razões de segurança.