Mónica Seidi considerou que, “para se ter as melhores respostas, há que dotar os serviços que prestam este tipo de respostas dos melhores equipamentos possíveis”, estando o Governo Regional “disponível para perceber quais são as necessidades do CIVISA”.
“Da nossa parte, se houver esta possibilidade, existe abertura para conversar e melhorar o protocolo [entre o Serviço Regional de Proteção Civil dos Açores e o CIVISA], dotando o instituto ainda de melhores condições, porque tem dado uma resposta inexcedível aos açorianos”, declarou a secretária regional.
Mónica Seidi falava aos jornalistas na sequência de uma visita ao CIVISA, em Ponta Delgada, acompanhada do secretário regional de Saúde e Proteção Civil da Madeira, Pedro Ramos.
Rui Marques, responsável pelo CIVISA, também em declarações aos jornalistas, referiu que “há falta de alguns equipamentos e também de recursos humanos”, realidades que foram transmitidas a Mónica Seidi, tendo havido “abertura para que, numa próxima reunião, sejam apresentadas essas necessidades”.
O CIVISA possui 26 elementos contratados, 17 dos quais efetivos, sendo os seus reforços humanos complementados por professores da Universidade dos Açores e investigadores do Instituto de Imvestigação e Vulcanologia e Avaliação de Riscos, atingindo a equipa 70 pessoas.
O responsável do CIVISA apontou especificamente para a necessidade de reforçar os equipamentos de monitorização sismovulcânica nas diferentes ilhas dos Açores, a par de instrumentos laboratoriais, tendo ressalvado que “os recursos humanos neste momento são escassos para dar resposta a duas crises sísmovulcânicas no arquipélago”.
O CIVISA monitoriza atualmente 18 sistemas sismovulcânicos ativos, 50 zonas sismogênicas diferentes, com necessidades de atenção cientifica diferentes, havendo “algumas ilhas em que existe alguma carência de monitorização”, como o caso de São Jorge, que apresentava esta lacuna, tendo sido projetados meios para aquela parcela, de acordo com Rui Marques.
O vulcanólogo e investigador referiu, por outro lado, que havia algum equipamento em ‘sock’ no CIVISA que “foi entretanto projetado para a ilha Terceira, onde foi colocada mais uma estação de fluxo de dióxido de carbono e duas estações sísmicas no âmbito da crise sismovulcânica do vulcão de Santa Bárbara”.
"Há uma necessidade de reforçar alguns tipos de monitorização, na ilha Terceira, nomeadamente aquela que tem que ver com a deformação geodésica através da colocação de mais estações GNSS", apontou, para salvaguardar que o vulcão de Santa Bárbara, "nas últimas 48 horas, registou um decréscimo significativo de sismos diários".
Segundo a informação disponibilizada pelo CIVISA, a atividade sísmica no vulcão de Santa Bárbara, na ilha Terceira, “encontra-se acima dos valores normais de referência”, com o nível de alerta científico V2 (possível reativação do sistema – sinais de atividade moderada).
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