“A greve não tem discussão, é um direito inalienável de todos os trabalhadores. Agora, de 03 a 05 de janeiro, confundir uma greve quase como um prolongamento de férias creio que não dignifica muito o sindicalismo dito democrático que se reclama da concertação, da ética e da inovação”, declarou Avelino Meneses.
O titular da pasta da Educação, que reuniu hoje, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, com o Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA), adiantou aos jornalistas que está disponível para o diálogo “com todos” e sempre respondeu da mesma forma aos pedidos de audiência dos sindicatos.
O SDPA promove sexta-feira, uma conferência de imprensa em que confirmará a realização da greve de professores e educadores de infância do ensino público, particular, cooperativo e solidário dos Açores, de 03, 04 e 05 de janeiro, face à “total indisponibilidade do Governo Regional dos Açores em procurar resolver, em concertação com o sindicato, os problemas da classe docente, que motivaram a convocação desta greve”.
Na sequência do encontro com o SPRA, Avelino Menezes afirmou que já em 01 de janeiro de 2018, com o descongelamento, existem cerca de dois mil docentes na região que “vão progredir nas suas carreiras".
O governante recordou, por outro lado, que a 21 de novembro, o presidente do Governo dos Açores garantiu que "assume totalmente e sem reservas a solução que for consagrada a nível nacional" em relação ao descongelamento da carreira.
"Também assume totalmente e sem reservas o compromisso de aplicar na região a contagem de tempo de serviço que for definida a nível nacional", assegurou Vasco Cordeiro, explicando que no continente há nove anos para recuperar, enquanto a nível da região são sete anos.
António Lucas, também em declarações prestadas após a reunião de hoje com Avelino Meneses, disse que, na sequência de uma proposta do SDPA, aceite pelo secretário regional, em termos de progressão de carreira “todos os docentes que progredirem ao longo de 2018 vão beneficiar de uma avaliação administrativa, ou seja, a prorrogação dos efeitos da avaliação feita até 2016”.
Comentários