“Temos cerca de 500 mil pessoas ativadas [cidadãos com Chave Móvel Digital ativada] e com este alargamento a serviços que movimentam muitas pessoas, como é o caso da Caixa Geral de Depósitos [CGD], que tem mais de 3,6 milhões de clientes ativos, procuramos que cresça”, disse a ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, aos jornalistas no fim da cerimónia de assinatura do protocolo entre a CGD e a Agência para a Modernização Administrativa que permite a realização da maior parte das operações bancárias através de chave móvel digital.

De momento, há cerca de 525 mil pessoas com chave móvel digital ativada, mais do dobro das 212 mil que havia no início do ano.

A governante considerou que o número aumentará à medida que as pessoas vão renovando o cartão de cidadão e fiquem a conhecer este mecanismo de autenticação e certificação que permite a todos os cidadãos identificarem-se em serviços públicos e privados, mas também assinarem contratos ou outros documentos.

Já o secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa disse aos jornalistas que, à medida que cresçam as adesões, a chave móvel digital deverá ser o acesso preferencial de autenticação em muitos serviços públicos.

“[Os cidadãos] passam a ter de memorizar apenas uma ‘password’, a mesma para o Serviço Nacional de Saúde, a mesma para a Autoridade Tributária, a mesma para o Instituto dos Registos e do Notariado”, disse Luís Goes Pinheiro.

Questionado sobre a segurança desta autenticação, o secretário de Estado disse que, apesar de a chave do utilizador ser a mesma, em cada momento, o utilizador usa um código diferente, uma vez que de cada vez que se autentica tem de inserir o código que recebe por mensagem telefónica.

“A ‘password’ é sempre nova e sempre gerada no momento”, vincou.

Com esta adesão da CGD à chave móvel digital, passam a ser cinco as instituições financeiras que usam este modo de autenticação e certificação, uma vez que o banco público se junta a BCP, Activo Bank, Novo Banco e Banco de Portugal.

Sobre a CGD, o presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, disse que atualmente já “todos os clientes da Caixa podem subscrever um conjunto de produtos e fazer levantamentos e depósitos através [da leitura] do cartão de cidadão sem preencher impresso”, mas que facilita este processo agora poder ser feito através da chave móvel digital.

Os clientes da CGD vão poder assim entrar no portal Caixadirecta através da chave móvel digital, em vez de usarem as credenciais do banco.

Será ainda útil na abertura de conta, contratação de produtos ‘online’, identificação e recolha de dados para pedidos de crédito, entre outros.