“Trabalhamos arduamente para que as eleições tenham lugar no dia 18 de novembro. Trabalhamos de manhã, à tarde, à noite. Ainda esta noite vamos reunir com o GTAPE (Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral) e a CNE (Comissão Nacional de Eleições) para que possamos consolidar um plano de trabalho para que as eleições possam ter lugar a 18 de novembro”, afirmou Aristides Gomes.
Aristides Gomes falava aos jornalistas no final de uma cerimónia no Ministério das Finanças, em Bissau, durante a qual entregou três viaturas à Polícia Judiciária guineense para reforçar a sua capacidade de combate ao crime organizado.
Questionado pelos jornalistas sobre se os ‘kits’ para recenseamento biométrico já estavam distribuídos por todo o país, o primeiro-ministro esclareceu que já estão nas várias regiões, embora não possa dizer que todas as “parcelas do território nacional estão cobertas”.
“Mas à medida que há evolução no registo vamos passar de determinadas zonas para outras zonas. Não podíamos cruzar os braços só porque temos um número determinado de ‘kits’, o número não é ilimitado, mas tínhamos de começar e nós começamos e neste momento já há uma grande parte da população eleitoral da Guiné-Bissau que já está registada”, disse Aristides Gomes.
O primeiro-ministro sublinhou também que o atual Governo partiu do “nada”, do “zero”, mas que o executivo vai continuar a trabalhar para concretizar as eleições.
“Havia 400 ‘kits’ que tinham sido utilizados nas eleições de 2014, mas que não estavam em estado de utilização. Havia outras peças do dispositivo, tais como impressoras, geradores, que não estavam a funcionar, as condições em que todo esse material se encontrava eram condições deploráveis, portanto, sem ar condicionado, com infiltrações de água da chuva, com uma taxa de humidade que não é boa para a conservação de material informático. Enfim, partimos do zero para chegarmos a esta situação em muito pouco tempo”, disse.
A Guiné-Bissau tem eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, mas atrasos no processo eleitoral, incluindo no início do recenseamento, tem provocado críticas dos partidos políticos sem assento parlamentar e da sociedade civil.
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