No final de um encontro com os estudantes, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse aos jornalistas que a defesa do ambiente “é a mais importante das causas pelas quais as pessoas se podem manifestar”, confessando-se satisfeito por ver a motivação dos jovens para lutar pela redução das emissões de dióxido de carbono (CO2).

A greve às aulas pelo clima de dia 15 foi marcada pelo movimento internacional “School Srrike 4 Climate” e alguns dos jovens que em Portugal estão a prepará-la reuniram-se hoje com João Pedro Matos Fernandes e também com os secretários de Estado da Energia, João Galamba, e da Educação, João Costa.

No final do encontro, Duarte Antão, um jovem de 18 anos, de Coimbra, leu um texto no qual o movimento é tido como um pequeno primeiro passo, mas importante na luta pela mudança de mentalidades, porque são urgentes medidas reais face às alterações climáticas.

No mundo, as alterações climáticas já afetam milhões de pessoas, são reais questões como o aquecimento ou a subida do nível das águas do mar, e o tempo é de agir, agora, para “garantir um futuro para todos”, disse Duarte Antão, instando Governo e parlamento a atuarem incisivamente e com prioridade.

“Da nossa parte continuaremos decididos, empenhados e atentos. A lutar para que possamos ter um ambiente sadio, por um travão ao aquecimento global, para que possamos ter um planeta onde consigamos ser saudáveis e seja possível ter um futuro”, disse Duarte Antão, garantindo que no dia 15 os jovens vão estar na rua por todo o país.

Antão e também Margarida Marques ou Beatriz Barroso, duas jovens do grupo hoje recebido, garantiram aos jornalistas que há uma elevada adesão, de jovens e de pais, professores e funcionários, e que o movimento é descentralizado, com manifestações em 27 locais do país, em todos para passar a mensagem da urgência climática. E que a ação "é só o começo".

Matos Fernandes referiu que no encontro com os jovens se falou do “mais ambicioso compromisso” de ter já construído um roteiro para ser neutro em emissões de CO2 em 2050, sendo a próxima década a aquela onde é preciso ter mais sucesso.

O ministro falou ainda do “otimismo com o acordo de Paris” a que seguiram “alguns movimentos divergentes”, como do Presidente norte-americano Donald Trump, ou as notícias sobre as alterações climáticas e até alguns movimentos de protesto.

Tudo para concluir que a preocupação dos jovens “é importante” e que o executivo reconhece que esta “causa justa” é também a “causa do Governo”.

João Costa falou também aos jornalistas para afirmar o “orgulho em jovens conscientes e capazes de agir” perante o tema do clima. Por isso que a manifestação de dia 15 não só tem o apoio do Governo como os jovens são desafiados a fazer do tema uma luta diária.

“Um ótimo incentivo à política climática do Governo”, contrapôs o ministro, considerando fundamental cidadãos mais exigentes.

O movimento “School Strike 4 Climate” foi criado pela ativista sueca Greta Thunberg, 16 anos, que tem alertado os líderes mundiais para a necessidade de uma maior defesa do clima.

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