“Aquilo a que assistimos nos últimos dias à volta da demissão do Governo é bem revelador da natureza das suas opções e é revelador de como PS, PSD e CDS continuam irmanados na obediência à submissão das imposições da União Europeia colocando-as à frente dos direitos dos trabalhadores”, afirmou.
Jerónimo Sousa falava após um jantar convívio no pavilhão de Feiras e Exposições de Santiago do Cacém, no âmbito da campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, que contou com a presença de cerca de 200 militantes e apoiantes do partido no litoral alentejano.
“A ameaça de demissão do Governo a 5 meses das eleições é denunciadora dos seus propósitos e indicam até onde estão dispostos a ir para tentar impor injustiças e retrocessos ou travar soluções para os problemas que resultam dos cortes impostos pelas políticas do PEC, do pacto de agressão, da responsabilidade dos governos PS, PSD e CDS”, acrescentou.
Para o líder comunista, por detrás desta “operação de chantagem", o governo minoritário do PS tinha como objetivo alterar a atual conjuntura, reforçar a sua votação, não estar dependente do voto da CDU e "ficar com as mãos livres”.
“Na sua declaração, [António] Costa procurou virar os trabalhadores contra os professores, procurando manter cortes nos direitos ou fazendo depender a sua reposição na adoção de outras medidas igualmente negativas e atentatórias dos direitos dos trabalhadores”, acusou.
Para Jerónimo de Sousa, os professores, as forças de segurança, da área da justiça, da saúde e da administração pública, “não querem um direito novo, querem que se reponha um direito que lhes foi roubado e que é legítimo lutarem por ele”.
“Que legitimidade, que sustentabilidade, que responsabilidade de um Governo que está tão preocupado com os professores e não tem vergonha de encher os bolsos à banca e aos banqueiros como aconteceu recentemente”, acrescentou.
Apelando ao voto e ao reforço da CDU nas próximas eleições para o Parlamento Europeu “para levar em frente a solução dos problemas nacionais”, Jerónimo de Sousa, realçou que “só assim será possível combater decisões que prejudicam o país e os portugueses”.
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