O governante, que falava no ECO Talks, em Lisboa, referiu que, em primeiro lugar, há que “lamentar a perda de vidas humanas”, pois entende que estes acidentes, em qualquer circunstância e quando ocorrem, “são sempre uma grande infelicidade para as pessoas que foram afetadas e para as suas famílias” e que o relatório do acidente aéreo será conhecido dentro de um mês.
Pedro Marques realçou que a natureza do acidente e a natureza dos despojos da aeronave levam a que “a investigação tenha que ser muito detalhada”.
Os investigadores do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) “estiveram no local”, sendo que o passo seguinte é a realização de uma “investigação autónoma relativamente à matéria”, lembrou o responsável.
E prosseguiu: “Qualquer coisa que se diga sobre esta matéria, mais do que dar toda a confiança à equipa de investigação para nos ajudar a apurar o que ocorreu e para daí tirarmos as lições para o futuro, seria completamente precipitado”.
“Temos que reiterar a confiança nas nossas equipas e reiterar confiança na nossa operação aeronáutica, nos nossos aeroportos e nas nossas infraestruturas aeronáuticas que são em Portugal e na Europa, em particular, de elevadíssimos níveis de segurança”, lembrou.
O ministro lamentou o acidente aéreo, adiantando que deve ser apurado “com serenidade”, sendo que o aeródromo vai continuar a funcionar, uma vez que não há indicações em contrário por parte do regulador.
Cinco pessoas morreram na segunda-feira, após a queda de uma aeronave com matrícula suíça em Tires, junto ao parque de descargas do supermercado LIDL.
A aeronave atingiu ainda uma habitação e um anexo situados junto ao supermercado, tendo os seus habitantes – nove pessoas – ficado desalojados.
A aeronave descolou do aeródromo de Tires pelas 12:00, tendo-se despenhado cerca de dois quilómetros depois da descolagem, causando a morte dos quatro ocupantes e de uma pessoa que estava em terra, no parque de descargas do supermercado, alegadamente o condutor de um camião onde a aeronave embateu.
A bordo seguiam quatros pessoas: o piloto, de nacionalidade suíça, e três passageiros, duas mulheres e um homem, de nacionalidade francesa.
Segundo fonte da Proteção Civil, o aparelho dirigia-se para Marselha, em França.
Além das vítimas mortais, há ainda a registar quatro feridos ligeiros, por inalação de fumo, dois dos quais foram assistidos no local e os outros dois transportados para o hospital de Cascais.
Estiveram envolvidos nas operações de socorro 93 operacionais apoiados por 33 viaturas.
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