A acusação, que Yale considerou "sem mérito", foi feita após uma investigação de dois anos sobre o processo de admissão de estudantes na prestigiada Universidade Ivy League, localizada em New Haven, Connecticut.
O Supremo Tribunal norte-americano determinou que as universidades podem ter em conta a ascendência de um candidato no processo de admissão, mas o Departamento informou que isto deve ocorrer "em circunstâncias limitadas, como um dos fatores a serem levados em conta".
"O Departamento de Justiça descobriu que o uso da raça em Yale é tudo menos limitado", e foi usado em várias etapas do processo de admissão, afirma o órgão. Os americanos de origem asiática e os brancos "têm apenas entre um décimo e um quarto de chance de serem admitidos diante de candidatos negros que tenham um currículo académico semelhante".
O vice-secretário de Justiça, Eric Dreiband, assinalou que "não existe uma forma agradável de discriminação racial, e a divisão ilegal dos americanos em blocos raciais e étnicos fomenta estereótipos, rancor e divisão".
O governo Trump iniciou uma investigação sobre Yale há dois anos, após uma denúncia feita por um grupo de americanos de origem asiática de violação da lei de 1964 que proíbe a discriminação por raça, cor e origem por parte de destinatários de fundos federais.
O resultado da investigação poderia ter impacto nas políticas criadas pelas universidades para dar representação aos grupos marginalizados. O Departamento de Justiça solicitou que Yale concorde em não usar os critérios raça e ascendência no seu ciclo de admissões para o ano 2020-2021.
A universidade negou "categoricamente" as acusações e afirmou que as suas práticas de admissão respeitam as normas vigentes: "Estamos orgulhosos das práticas de Yale e não iremos alterá-las com base numa acusação tão apressada e sem mérito."
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