"Relativamente aos eventos de ontem [terça-feira], o senhor ministro da Administração Interna já teve ocasião de fazer um despacho, primeiro solicitando à PSP informações sobre como tinha sido articulado todo o planeamento com o conjunto das entidades envolvidas, desde o Sporting Clube e Portugal à Câmara Municipal de Lisboa e à Direção-geral da Saúde, e solicitando à Inspeção-geral da Administração Interna um inquérito à atuação da Polícia de Segurança Pública naquele contexto de ontem", anunciou António Costa.
O primeiro-ministro falava na Assembleia da República, no debate sobre política geral, e fez este anúncio quando respondia ao líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia.
António Costa recusou "atirar pedras" ao clube, aos adeptos que festejaram nas ruas ou à polícia.
"Vou fazer aquilo que qualquer político responsável nestas circunstâncias deve fazer, que é aguardar a informação, o apuramento e o esclarecimento dos factos para retirar as responsabilidade devidas sobre essa matéria", defendeu.
Antes, o deputado do CDS-PP disse compreender "os festejos dos adeptos, a alegria dos adeptos", bem como "as dificuldades da polícia" porque "é sempre um momento difícil".
No entanto, Temo Correia quis saber "porque é que houve tão pouca informação, tão pouco planeamento, porque é que não se soube antes, porque é que o plano não foi divulgado antecipadamente, porque é que as coisas não estavam organizadas e previstas".
"Ontem aparentemente nada estava previsto", atirou, questionado se seguida se "há consequências ou não há consequências".
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