Comentando a intervenção do líder do Chega no encerramento da 6.ª convenção do partido, que hoje terminou em Viana do Castelo, João Paulo Correia mostrou-se incomodado não só com os ataques à imigração e à igualdade de género, mas também como a "bomba atómica nas contas públicas" lançada por Ventura no decorrer da reunião, através de propostas que "não foram explicadas", mas que representariam um encargo de mais de 11 mil milhões de euros anuais para o Estado.
João Paulo Correia, que esteve na convenção a representar o Governo, apontou o exemplo da "revitalização das parcerias público-privadas na área da saúde" proposta por Ventura que, se fosse para a frente, significaria "o princípio do desmantelamento" do SNS.
"Ficámos mais uma vez perplexos", disse, repudiando a "mensagem de ódio divisionista" e as "promessas impossíveis de concretizar", que, em sua opinião, traduzem apenas "uma demagogia para caçar votos" por parte de André Ventura.
O secretário de Estado deu o exemplo do "ataque à imigração", lembrou que os imigrantes deixam um saldo positivo de 1.800 milhões de euros, mas também do "ataque à igualdade de género", visando medidas como "proteger a mulher na gravidez" e que, a avançarem, "fariam com que Portugal regredisse em matéria de direitos sociais".
Para contrariar estas tendências, disse que "o voto mais seguro e que oferece mais condições é o voto no PS".
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