O Nobel da Paz Shimon Peres, que morreu hoje aos 93 anos, "vai ser recordado pelo seu compromisso com a paz no Médio Oriente, construída numa solução política e histórica duradoura", disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, que transmitiu "as mais sentidas condolências" ao povo, ao Governo e ao Presidente israelitas.
O chefe da diplomacia portuguesa disse esperar que "o choque" causado pelo desaparecimento do antigo líder israelita "possa ser uma chamada de atenção para todos e para as responsabilidades de todos na construção do diálogo político necessário para que a solução dos dois Estados possa ser finalmente implantada".
O ex-presidente de Israel e Nobel da Paz Shimon Peres morreu hoje, por volta das 03:00 (01:00 em Lisboa).
Shimon Peres sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) a 13 de setembro e encontrava-se hospitalizado desde então.
Peres era o último sobrevivente da geração dos "pais fundadores" de Israel e foi um dos principais artesãos dos acordos de Oslo, assinados com os palestinianos em 1993, o que lhe valeu a atribuição do Nobel da Paz em 1994.
Shimon Peres ocupou quase todos os mais importantes cargos políticos em Israel - ministro de várias pastas em vários governos, primeiro-ministro interino, primeiro-ministro e presidente (2007-2014).
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