No final de uma reunião com a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Alexandra Leitão referiu que a transferência de infraestruturas e de funcionários no setor da Educação, além dos acertos de verbas, foi a dificuldade mais salientada pelos autarcas hoje presentes no encontro.

Segundo a governante, as dificuldades dos autarcas advêm da "própria complexidade da dimensão da transferência de funcionários, no âmbito da educação".

"São complexidades várias, num processo muito ambicioso e exigente", sublinhou aos jornalistas a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública.

Alexandra Leitão, que se fazia acompanhar do secretário de Estado da Descentralização e Administração Local, Jorge Botelho, disse ainda que o Governo está a trabalhar para cumprir o calendário definido para a descentralização e para que o processo seja "participado e por vontade".

"No âmbito deste roteiro, vamos ouvir todos os 278 autarcas do continente, nas 21 CIM e duas áreas metropolitanas ao longo do mês e início de fevereiro, e só no fim de feito o diagnóstico é que tornaremos a falar sobre o assunto", disse Alexandra Leitão, questionada sobre um eventual prolongamento do prazo de implementação do processo de descentralização.

O presidente da CIM Região de Coimbra, José Carlos Alexandrino, considerou a reunião "muito produtiva e com aspetos muito positivos" sobre um processo "que é irreversível e com o qual os autarcas concordam".

"Aquilo que queremos é melhorar, por exemplo, quais são os meios que acompanham a descentralização de competências, porque com a educação e a saúde, sobretudo das infraestruturas, é fundamental saber essa realidade", referiu.

Segundo José Carlos Alexandrino, existem duas palavras base referidas pela ministra no final da reunião, que são "confiança e boa-fé”.

“E acreditamos nessa confiança e boa-fé do Governo relativamente a esta descentralização".