Em comunicado, a agência federal Rosprirodnadzor indicou ter enviado a uma filial do Norilsk Nickel este pedido de “compensação voluntária”, equivalente a um terço do lucro do grupo em 2019.
A ação da Norilsk Nickel caiu hoje 5% na bolsa moscovita.
A empresa, controlada pelo homem mais rico da Federação Russa, Vladimir Potanine, é o primeiro produtor mundial de paládio e níquel.
No final de maio, 21 toneladas de combustível foram despejadas em vários cursos de água depois do colapso de um reservatório de uma central térmica pertencente à sociedade NTEK, que integra o grupo Norilsk Nickel.
Esta poluição suscitou uma imensa maré vermelha, visível desde o espaço, perto da cidade de Norislk, no Ártico.
Para procurar evitar que o combustível chegasse a espaços naturais protegidos, foram usadas barragens flutuantes e feita operações de bombagem.
O produtor de alumínio Rusal, que possui 28% da Norilsk Nickel, considerou hoje aquele montante como “inesperado” e a pretensão “inédita”.
O ministro do Ambiente russo, Dmitri Kobylkine, afirmou, em comunicado, que esta multa refletia “a dimensão sem precedentes” da catástrofe.
Comparou também esta poluição com uma das piores marés negras da história dos EUA, o naufrágio do petroleiro Exxon Valdez em 1989, que, avançou, tinha custado mais de cinco mil milhões de dólares à empresa Exxon Mobil.
Um porta-voz da Norilsk Nickel indicou que a empresa ainda não tinha recebido uma posição oficial das autoridades russas.
Depois do anúncio da catástrofe, o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha ordenado que a empresa assumisse todos os custos da limpeza.
O presidente da Norilsk Nickel tinha dito que estava pronto para pagar “tudo o que fosse preciso” e estimou a fatura em 10 mil milhões de rublos, montante inferior em cerca de 15 vezes ao indicado pelas autoridades russas.
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