“Vamos constituir, no próximos dias, entre 40 a 45, estamos ainda a ver o número de acordo com as autarquias, mas será dessa ordem, o que significa que vamos constituir no total mais de 50% de todas as equipas de intervenção permanentes nestes últimos três anos”, disse o governante aos jornalistas.

Falando à margem do seminário “Os Incêndios de 15 de outubro de 2017″, organizado pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, José Artur Neves salientou que o Governo, em 2018, criou 120 equipas de intervenção permanente.

O número de equipas constituídas “diz bem a importância que damos aos profissionais desta área, àqueles que estão prontos para sair para a emergência e o socorro nos dias que correm não se coaduna com o modelo em que o voluntário saía do seu emprego e se deslocava para o quartel e respondia à emergência”.

“É necessário a todas as horas e em todos os momentos termos profissionais da área permanentemente disponíveis para socorrer os cidadãos”, referiu o secretário de Estado da Proteção Civil, destacando o “reforço da profissionalização sem se deixar de valorizar o voluntariado, que é um ativo notável do país”, disse.

Segundo o governante, a maioria das equipas a anunciar nos próximos dias vai ficar instalada no distrito de Portalegre, “como a última entrega de equipas foi maioritariamente para o distrito da Guarda”, numa lógica de privilegiar o interior do país.

“O critério de distribuição é mesmo o espaço rural onde faz a diferença o emprego na corporação de bombeiros e, sobretudo, nas zonas mais desertificadas, com menos capacidade de angariar voluntários”, sublinhou.

José Artur Neves admitiu que, ainda este ano, deverá ser alargado a todo o país o processo de cadastro simplificado, no seguimento do projeto-piloto que decorreu em 10 municípios – Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Penela, Sertã, Caminha, Alfândega da Fé e Proença-a-Nova.

De acordo com o governante, através do projeto-piloto conseguiu-se um modelo que envolveu as autarquias e o Ministério da Justiça e que “deu resultados belíssimos, fantásticos e com custos muito reduzidos”.

“Contamos a curtíssimo prazo estender todo o cadastro ao país e isso vai permitir planear melhor o território florestal, rural, a prevenção, o combate aos incêndios, e, sobretudo, planear uma gestão integrada que permita ter uma floresta mais resiliente”, enfatizou.