“[A ‘task force’] É fundamental para que os vários intervenientes, do ponto de vista técnico, se sentem à mesa e que construam a resposta ao sistema, porque caso contrário andamos aqui a correr atrás do prejuízo”, explicou à Lusa o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, após uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
António Nunes acrescentou que esta ‘task force’ deve envolver os gabinetes da ministra da Saúde e da secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, bem como da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), da LBP e de outros serviços do Ministério da Saúde.
Para o líder da LBP, esta equipa de trabalho devem fazer a monitorização dos problemas em permanência e “daqui até ao final do ano, alterar um conjunto de procedimentos que, quanto a nós estão ou incompletos ou menos práticos de realizar, para se ter a partir de janeiro de 2025 uma organização diferente”.
Questionado sobre se a reunião com a ministra da Saúde abordou o encerramento de várias urgências, em especial de ginecologia e obstetrícia, e a realização de várias partos em ambulâncias, durante o transporte de grávidas, António Nunes destacou que a criação da ‘task force’ é fundamental tratar estes temas.
O presidente da LBP explicou que a Saúde já “resolveu o seu problema” ao fechar urgências e ao dizer que funciona em rede, resultando no transporte de doentes para mais longe da sua área de residência.
Mas questionou: “Então e perguntar aos bombeiros se nós temos capacidade para fazer serviço? Porque a grande questão que nós temos tido é saber se aquilo que é o funcionamento em rede, e a senhora ministra compreendeu isto, pressupõe que há uma entidade, que são os bombeiros, que têm capacidade para garantir que a rede funcione”.
Para António Nunes, é fundamental que o Ministério da Saúde perceba que há “um parceiro de serviços que se chamam bombeiros e que tem de ser chamado ao sistema”.
“Nós temos capacidade para transportar, mas então o número de ambulâncias que nós temos disponíveis para o sistema não devem ser 400, mas 600, 700 ou 800”, sublinhou ainda, apontando para um reforço dos meios.
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