A medida foi aprovada pela Superintendência das Instituições do Setor Bancário da Venezuela (Sudeban) e a resolução foi publicada na Gazeta Oficial que hoje circulou em Caracas com data de 2 de agosto de 2018.

A Sudeban justifica a medida por não ter podido finalizar a avaliação de possíveis atividades suspeitas nas operações que realizam os clientes do banco e também porque o banco possui empresas relacionadas e clientes com relações comerciais com países em jurisdições e zonas geográficas consideradas como de alto risco para as autoridades venezuelanas, como a Colômbia e o Panamá.

O Banesco Banco Universal foi alvo, a 3 de maio, de uma medida de intervenção administrativa depois de o Governo venezuelano anunciar a operação “Mãos de Papel” que terá detetado, alegadamente, que pessoas naturais e jurídicas adquiriam divisas (moeda estrangeira) que comercializavam depois através das redes sociais e páginas web.

Após a intervenção do banco foram detidos 11 altos funcionários que foram libertados 20 dias depois, sob medidas cautelares como a proibição de saída do país e o regime de apresentação periódica às autoridades.

O presidente do banco, Juan Carlos Escotet, já reagiu ao prolongamento da intervenção, que diz não ter fundamento legal.

“Recebemos com absoluta perplexidade a prorrogação da intervenção, pois nos parece absurda, injusta e sem fundamento legal. Analisaremos a sua extensão e posteriormente daremos uma conferência de imprensa definindo a nossa posição”, escreveu na sua conta na rede social Twitter.

Há vários anos que a imprensa local tem dado a conhecer alegadas pressões de políticos venezuelanos para que o banco lhes seja vendido.